Publicado em: 05/04/2022 Por: Matheus Tavares
Serviço é o responsável por coletar, armazenar, processar e analisar informações de pacientes com diagnósticos de câncer atendidos na unidade
Na busca pela melhoria contínua de seus processos, visando a excelência no atendimento ao paciente oncológico, o Complexo de Saúde São João de Deus - CSSJD reestruturou o Serviço de Registro Hospitalar de Câncer – RHC do Hospital do Câncer. O RHC é uma ferramenta para a avaliação da assistência oncológica prestada pela instituição, que também permitirá a formação de uma base de dados para traçar o perfil dos pacientes atendidos.
Resultado de uma parceria entre o CSSJD e a Associação de Combate ao Câncer do Centro-Oeste de Minas – ACCCOM, o Hospital do Câncer foi inaugurado em 06 de dezembro de 2001 e hoje é referência no tratamento oncológico para mais de 1,3 milhão de pessoas na Macrorregião Oeste.
O serviço já estava em funcionamento, contudo, passou por uma reestruturação, que ficou a cargo da Gerência de Estratégia Administrativa. De acordo com o Gerente de Estratégia Administrativa, Amarildo Sousa, os dados gerados pelo RHC serão importantes para várias situações, desde a definição de estratégias para vigilância, prevenção e controle do câncer, a fomentar programas de formação e atualização de profissionais. “A informação produzida em um RHC permite o monitoramento da assistência prestada ao paciente. Sua principal função é clínica, sendo um recurso para acompanhar e avaliar a qualidade do trabalho realizado nos hospitais, incluindo os resultados no tratamento do câncer”, acrescentou.
O RHC tem como integrantes três registradoras, além do médico coordenador, o Cirurgião Oncológico, Dr. Lucas Moreira. Para o médico coordenador, os dados computados pelo RHC também são importantes para que o paciente oncológico receba uma assistência cada vez mais eficiente. “Nossa função é muito valiosa quando pensamos nesse recurso, para acompanhar e avaliar a qualidade do trabalho em instituições como o Hospital do Câncer. E para isso, utilizamos um conjunto de dados padronizados obrigatórios em cada registro de prontuário desses pacientes, para melhor agrupá-los e classificá-los, de forma a gerar informações homogêneas sobre as patologias oncológicas”, explicou Dr. Lucas.
Segundo dados obtidos pelo Sistema de Registro Hospitalar de Câncer – SisRHC do Instituto Nacional de Câncer – INCA, em 2019, data da última atualização no site, foram 2.308 casos registrados pelo RHC do Hospital do Câncer.
Esta nova etapa do Registro Hospitalar do Câncer representa um grande passo para a instituição, uma vez que o serviço também é importante para o cadastramento, junto ao Sistema Único de Saúde - SUS, de hospitais considerados Centros de Alta Complexidade em Oncologia – CACON. Atualmente, o Hospital do Câncer é considerado uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia – UNACON e pode pleitear para configurar-se como um CACON, uma vez que a obrigatoriedade do Registro Hospitalar do Câncer está prevista na Portaria GM/MS nº 3.535/98, que define critérios para cadastramento de CACON, estabelece, no seu item 2.3, que estes centros “devem dispor e manter em funcionamento um Registro Hospitalar de Câncer, conforme normas técnico-operacionais preconizadas pelo Ministério da Saúde”.