Jaleco não está na moda. Vista esta ideia

Publicado em: 27/01/2016 Atualizado em: 27/01/2016 Por: Martielly Raissa

Há quem pense: “isso tá mais é pra desfile de moda”. Outros já falam do conforto ofertado por ele. E tem quem diga que o branco cai bem, lembra a paz, sossego. Independente das rotulações, um item bastante comum no ambiente hospitalar é o jaleco.

É comum ver médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem utilizando a veste, que está muito além de ser uma simples peça de roupa. O jaleco é mais que isso, trata-se um importante equipamento de segurança. Ele protege o profissional que presta assistência ao paciente, no sentido de evitar o contato com matéria orgânica ou microrganismos. O jaleco é uso individual e restrito. Seu uso deve ser feito somente no setor de atuação do profissional. A matéria orgânica consiste em fluídos corporais emitidos pelo paciente dos quais os profissionais podem ter contato, seja ele um enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem, médico entre outros profissionais que prestam atendimento diário aos pacientes.

A supervisora de enfermagem do Setor de Controle de Infecção Hospital – SCIH, Jaqueline de Assis, explica o motivo. “O jaleco deve ser restrito ao atendimento ao paciente, não devendo sair na rua ou ir pra casa com ele e muito menos em ambientes que não prestam assistência ao paciente, como o refeitório e setores administrativos. O mesmo vale para qualquer tipo de equipamento, seja estetoscópio entre outros que são de uso exclusivo para setores de assistência, não devendo ir para o refeitório, para comunidade, para fora do hospital com ele aparentemente no corpo, e sim, guardado em um local exclusivo para essa finalidade”.

A profissional do SCIH ainda alerta sobre o risco contaminação e a necessidade de higienizar regularmente o equipamento de segurança. “Temos muitos microorganismos que podem sim ser transmitidos através do contato, mas eles não sobrevivem muito tempo. O risco é transmitir esses microorganismos dentro do próprio hospital, de um setor para outro, por exemplo. A melhor forma de evitar isso é cada um utilizar seu jaleco e fazer a troca diária, já que os microorganismos não sobrevivem à limpeza”, orienta Jaqueline.

HIGIENIZAÇÃO

Regras básicas de higiene são essenciais para a saúde de qualquer pessoa. Manter o jaleco limpo e bem cuidado faz diferença total no ambiente de trabalho. Mas você sabe a maneira correta de fazer a limpeza do jaleco ou de qualquer outra veste que seja utilizada frequentemente no ambiente hospitalar? A supervisora do SCIH tem a explicação:

 “Se você não tiver sofrido um possível contato com matéria orgânica (qualquer secreção) do paciente, você pode lavar com as demais roupas da sua casa, porque eles [micro-organismos] não sobrevivem à higienização, mas se por algum motivo tiver acontecido o contato com a matéria orgânica, a limpeza deve ser feita individualmente. O mesmo vale para roupas comuns, que devem ser trocadas e lavadas diariamente”.

Os profissionais do HSJD seguem à risca as recomendações. Esse é o caso da enfermeira assistencial do setor 2 do HSJD, Jéssica Silva Jordane. “Quando eu chego aqui eu coloco o jaleco, não entro nos quartos sem ele, e uso apenas no setor, se eu sair daqui, eu retiro. Eu mesmo lavo a cada plantão e lavo separadamente, faço a limpeza correta para utilizar no dia seguinte”.

Então é isso: quer “desfilar” com jaleco ou qualquer outro equipamento de trabalho? Simples, use-o apenas no seu setor de atuação. Assim você garante a sua segurança e também a do paciente.