Publicado em: 27/09/2018 Por: Isadora Santana
Instituição realizou palestra e blitz educativa para promover a conscientização da importância da doação de órgãos
O Setembro Verde tem como objetivo lembrar a todos a importância da doação de órgãos. Inúmeras famílias aguardam ansiosamente por esta possibilidade. A desinformação aumenta, de forma desnecessária, a espera por esta mudança na qualidade de vida de quem aguarda em casa ou nos hospitais por um novo órgão.
Para ajudar na conscientização da importância da doação de órgãos, a CIHDOTT (Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos) do Complexo Hospitalar São João de Deus, realizou uma palestra, no dia 24 de setembro, cujo tema foi: “Os desafios da doação de órgãos em Minas Gerais", ministrada pela Drª. Maira Ribeiro de Souza Diniz, especialista em Nefrologia e médica da Organização por Procura de Órgãos Metropolitana - OPO / MG Transplantes. Também promoveu a “Blitz pela doação de órgãos” em frente ao hospital abordando a população sobre o assunto em questão.
Desde 2001 a CIDOHTT do CSJD, que faz parte do MG Transplantes, faz a abordagem dos familiares e auxilia na condução do processo de doação de órgãos, além de promover campanhas de conscientização sobre o assunto. O tipo de captação realizado depende de como o paciente doador morreu.
Doadores de múltiplos órgãos são aqueles que por causas diversas são diagnosticados com morte encefálica. Nestes casos, os outros órgãos permanecem funcionando por um período. Esse é um quadro absolutamente irreversível e para determiná-lo cumpre-se um protocolo extremamente rigoroso para não haver erros.
A doação de córneas, pele e tendões pode ser feita também com o “coração parado”, que significa que todos os órgãos pararam de funcionar ao mesmo tempo. Desta forma, várias pessoas também são ajudadas, como exemplo, quem precisa voltar a enxergar e os que precisam de um curativo especial nos olhos. Desde janeiro de 2018 fizemos 80 captações de córneas.
A CIDOHTT funciona 24 horas e é composta por uma responsável técnica médica, uma psicóloga, uma enfermeira e 4 técnicos de enfermagem.
Segundo o site da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos - ABTO (http://www.abto.org.br), no ano de 2017, em todo o país, foram realizadas cerca de 27 mil transplantes. Houve um aumento no número de transplantes renais (7,5%), hepáticos (12,1%), cardíacos (6.4%) e pulmonares (21,7%) e redução apenas do transplante pancreático (17%).
Apesar da melhora dos números ao longo dos anos, ainda são muitas as pessoas à espera de um transplante. A fila de espera pode se tornar ainda maior se não houver a conscientização da população e principalmente o diálogo familiar, atitude que auxilia a tomada de decisão pela doação de órgãos. Ainda de acordo com a ABTO, somente em 2017, foram registradas 2.740 recusas das famílias, ou seja, 42% do total de entrevistas realizadas com familiares de potenciais doadores.
Abrace você também essa causa, converse com a sua família, demonstre seu desejo. Doe órgãos, salve vidas!